Chegou a Portugal a "Cancel culture"



"Cancel culture refers to the popular practice of withdrawing support for (canceling) public figures and companies after they have done or said something considered objectionable or offensive."

A autora de Harry Potter, J. K. Rowling foi uma das vítimas. Protegida como é pela sua vasta riqueza, sofreu apenas alguns dissabores nas redes sociais e nos media tradicionais.

Alguns intelectuais da área socialista escreveram na semana passada no magazine Harper um artigo denunciando o avanço, por parte da esquerda mais radical, de uma cultura de intolerância e anti-liberdade de expressão. Apesar de serem de esquerda também sofreram pedidos de cancelamento

No UK várias pessoas de carreira académica ou pública têm sido canceladas. Mais próximos do anonimato, sofreram consequências mais graves. Não apenas foram excluídos das redes sociais (com o apoio das empresas tecnológicas, claro) mas também foram despedidos dos seus lugares de trabalho e tiveram as carreiras amputadas. Nas universidades do UK a cultura woke permeou todos os níveis académicos e administrativos e existe, de facto, uma cultura de opressão da Liberdade de Expressão de ideias e valores que se possam opor aos valores esquerdistas que tanto se disseminam. 

E, chegou a Portugal.

Riccardo Marchi, um investigador italiano residente em Portugal, estudioso das "direitas" escreveu um livro sobre o fenómeno do Chega e o que diz na obra não agradou aos colegas académicos. A "academia" de esquerda já se manifestou num dos jornais do regime.      

Que consequências haverá para o seu trabalho depois deste ataque? Em que ambiente viverá na academia em que participa? Estarão já a pedir o seu cancelamento dos quadros de investigadores? 

Notem, no "combate ao discurso de ódio", aparentemente por directiva europeia, mas certamente apreciado por este governo de tendência totalitarista, as universidades são apontadas como os próximos agentes operacionais de monitorização de todo o discurso (não é possível seleccionar "discurso de ódio" sem monitorizar todo o discurso) e censura:




A censura, primeiro passo para a posterior efectivação do cancelamento a impor-se. Como se não bastasse a já existente hegemonia mediática, ainda se pretende terminar com as vozes dissidentes da narrativa oficial/permitida. 

Reparem na imagem acima: das quinas da bandeira (símbolo de vitória contra os infiéis) projectam-se "pensadores" ligados a computadores que avaliam o éter. 

No éter estamos nós. É atrás de nós que eles vêm.  

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